O homem é em si energia, tal como um receptáculo para a mesma. Os pensamentos são energia, e o verbo nada mais é do que a propagação das mesmas para que se tornem carne.
Pensa, cria, colhe. A luz não conhece a dor dos homens, nem este estranho amor carnal, porém compreende.
A consciência da luz é o primeiro passo para o Ser, nela a dualidade sempre estará presente, pois não a luz sem sombra ou vice versa. A escuridão é a ausência de luz, o desequilíbrio. O oposto é o próprio desprendimento diante deste ciclo.
Ser a arte, não é Ser a luz, como o conhecimento e a sabedoria, que embora caminhem juntos, jamais serão sinônimos. A arte está no mais sutil, no balanço das folhas, por exemplo, o qual geralmente vaga despercebido nos olhares. A luz adentra o próprio ser, conhece-te e sábio serás.
O homem que atravessa seus recônditos conhece o passado, sabe a razão do presente, e vê o futuro.
Ser é conhecer o microcosmo, compreender e estudar o macrocosmo, transmutar chumbo em ouro através do pensar. É dilatar as pupilas, diante de todas as lentes. A partir disto, devemos traçar degrau por degrau, o salto muitas vezes pode significar apagar-se.
A luz se faz através do viver, compreendendo nosso próprio universo, e de forma sábia, colocando o aprendizado em pratica, logo, nossa existência é a arte de ser luz.
Escrito por: Pedro Damo de Lemos